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segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Flor de lótus *****Leia e releia

Diz A Lenda :


Certo dia, na margem de um tranquilo lago solitário, em cuja margem se erguiam frondosas árvores com perfumadas flores de mil cores, e coalhadas de ninhos onde aves canoras chilreavam, encontraram-se quatro elementos irmãos: o fogo, o ar, a água e a terra.
- Quanto tempo sem nos vermos em nossa nudez primitiva – disse o fogo cheio de entusiasmo, como é de sua natureza.
É verdade – disse o ar. - É um destino bem curioso o nosso. À custa de tanto nos dedicarmos para construir formas e mais formas, tornamo-nos escravos das nossas obras e perdemos a nossa liberdade.
- Não te queixes – disse a água –, pois estamos a obedecer à Lei, e é um Divino Prazer servir a Criação. Por outro lado, não perdemos a nossa liberdade; tu corres de um lado para outro, à tua vontade; o irmão fogo entra e sai por toda parte servindo a vida e a morte. Eu faço o mesmo.
- Em todo o caso, sou eu quem se deveria queixar – disse a terra – pois estou sempre imóvel, e mesmo sem a minha vontade, dou voltas e mais voltas, sem descansar no mesmo espaço.
- Não entristeçais a minha felicidade ao ver-nos – tornou a dizer o fogo – com discussões supérfluas. É melhor festejarmos estes momentos em que nos encontrarmos fora da forma. Regozijemo-nos à sombra destas árvores e à margem deste lago formado pela nossa união.
Todos o aplaudiram e se entregaram ao mais feliz companheirismo. Cada um contou o que havia feito durante a sua longa ausência, as maravilhas que tinham construído e destruído. Cada um se orgulhou de se haver prestado para que a Vida se manifestasse através de formas sempre mais belas e mais perfeitas. E mais se regozijaram, pensando na multidão de vezes que se uniram fragmentariamente para o seu trabalho. Em meio de tão grande alegria, existia uma nuvem: o homem. Ah! Como ele era ingrato. Haviam-no construído com os seus mais perfeitos e puros materiais, e o homem abusava deles. Tiveram o desejo de retirar a sua cooperação e privá-lo de realizar as suas experiências no plano físico.
Porém a nuvem dissipou-se e a alegria voltou a reinar entre os quatro irmãos. Ao aproximar-se o momento de se separarem, pensaram em deixar uma recordação que se perpetuasse através dos tempos a felicidade do seu encontro. Resolveram criar alguma coisa especial que, composta de fragmentos de cada um deles harmoniosamente combinados, fosse também a expressão das suas diferenças e independência, e servisse de símbolo e exemplo para o homem. Houve muitos projectos que foram abandonados por serem incompletos e insuficientes. Por fim, reflectindo-se no lago, os quatro disseram: - E se construíssemos uma planta cujas raízes estivessem no fundo do lago, a haste na água e as folhas e flores fora dela? - A ideia pareceu digna de experiência. Eu porei as melhores forças das minhas entranhas – disse a terra – e alimentarei as suas raízes. - Eu porei a minha maior força – disse a água – e farei crescer as suas hastes. - Eu porei as minhas melhores brisas – disse o ar – e tonificarei a planta. - Eu porei todo o meu calor – disse o fogo – para dar às suas corolas as mais formosas cores.
Dito e feito. Os quatro irmãos começaram a sua obra. Fibra sobre fibra foram construídas as raízes, a haste, as folhas e as flores. O sol abençoou-a e a planta deu entrada na flora regional, saudada como rainha.
Quando os quatro elementos se separaram, a Flor de Lótus brilhava no lago na sua beleza imaculada, e servia para o homem como símbolo da pureza e perfeição humana. Consultaram-se os astros, e foi fixada a data de 8 de Maio – quando a Terra está sob a influência da Constelação de Touro, símbolo do Poder Criador – para a comemoração que desde épocas remotas se tem perpetuado através dos tempos. Foi espalhada esta comemoração por todos os países do Ocidente, e, em 1948, o dia 8 de Maio tornou-se também o “Dia da Paz”.



leia mais em:

http://www.comunidade-espiritual.com/profile.php?sub_section=view_blog&id=261&sub_id=3545



Um comentário:

Paulo Roberto Wovst Leite disse...

muito interresante e enriquecedor!
besos