...

...

segunda-feira, 8 de maio de 2017

Essa dor que machuca
meu coração, que me fere a alma
me deixa ausente vários instantes
conspirando sempre contra mim...

Cansei de explicar tudo...
Me recuso a falar, não interessa nada pra ninguém...
Minha vida é um perfeito caos..
E na verdade meu silêncio me fortalece!!

quinta-feira, 27 de abril de 2017

Por que é tão difícil para as pessoas entenderem?
Eu não sei mais o que fazer...
Essas vozes me atormentam dia e noite e quando não são elas são os vultos que aparecem do nada para me atormentarem!!!
Queria ser apenas aquele pássaro lá no alto... livre para se jogar de qualquer penhasco!
Queria ser a queda da cachoeira que se despedaça todos os dias ao cair nas pedras mas não sente nenhuma dor!!
Queria muito que essa dor que sinto, esse aperto no peito terminasse, que as pessoas entendessem que não quero fazer mal algum...Só quero ser compreendida, só quero ajuda!!
Mas no silêncio desse sofrimento, nessas horas de angústia solitária, não consigo falar.
Só quero dormir e não acordar mais!!

segunda-feira, 24 de abril de 2017

Tédio

Ir levando no caminho os amores perdidos 
e os sonhos idos 
e os fatais sinais do olvido. 

Ir seguindo na dúvida das horas apagadas, 
pensando que todas as coisas se tornaram amargas 
para alongarmos mais a via dolorosa. 

E sempre, sempre, sempre recordar a fragrância 
das horas que passam sem dúvidas e sem ânsias 
e que deixamos longe na estéril errância. 

( Pablo Neruda)

quinta-feira, 20 de abril de 2017

Depressiva... mente


Resultado de imagem para depressão
Eu não queria que as coisas fossem assim
Eu só queria um pouco de sossego
Um lugar onde aquelas vozes não me atormentam
onde elas não me dizem o que fazer ou não fazer
Eu não queria só pensar em tragédia, eu não queria ver as pessoas que gosto e imagina-las dentro de um saco mortuário.
Eu realmente não quero entrar no meu carro e obedecer às vozes que me mandam cair da ponte!
Eu não sei o que fazer, nem o que dizer, só sei que esse mundo obscuro de sombras traiçoeiras e fúnebres.
Eu não quero responder perguntas, eu não quero falar, nem explicar por quês.
Eu só queria calmaria em meio a esse turbilhão de emoções. Eu queria parar de ver sangue em tudo.
Eu queria sorrir de volta quando as pessoas sorriem pra mim. Eu queria devolver o carinho que me é dado.
Mas não consigo, As vozes não deixam....Tudo o que me permitem é esse humor lúgubre, solitário, algoz.
Nesse imenso mar de aflição, quão grande é minha dor;
Dilacera minha alma, e meu corpo cansado de lutar já não se manifesta mais.
Cansei de tentar, cansei de chorar e surtar para as pessoas me ouvirem,,, ninguém me ouviu.
Imagem relacionada
Mas as vozes vão e vem, às vezes me consolam, às vezes fazem de minha alma refúgio de maldade e maus pensamentos, as vezes me dizem pra fazer coisas ruins, outras vezes pra não fazer nada, quando em quando dizem que não sou nada, que sou inútil, fazem doer meu peito, meu coração acelera e desacelera, quase para, elas são cruéis.
Meu sono não vem, mesmo com o remédio, e quando vem é por pouco tempo, e quando acordo aquelas vozes me amedrontam no meio da noite,
Não tenho medo da morte, nunca tive, mesmo quando as vozes me dizem que logo ela chegará.

Por mais difícil que esteja tudo, não quero ver a famosa dama da foice,  não a convidei, mesmo ela me atormentando em sonhos obscuros e abstratos.
Por mais escura que minha vida esteja, não quero partir ainda. Não quero abandonar aqueles que me amam, mas a dificuldade está grande, e cada dia que vivo é um desafio.

Imagem relacionada










quarta-feira, 23 de novembro de 2016

Lágrimas perdidas

















Hoje acordei assim:
Sentido a falta de algo, Algo que não consigo definir oque é.
Talvez...Uma vontade de esconder me nas sombras do meu eu.
Cansada de muita coisa...
Cansada de esperar as boas novas que nunca chegaram...
Cansada de cantar uma canção que ninguém nunca ouviu...
De recitar um poema que ninguém nunca ouviu, que ninguém nunca leu...
Mas quando fecho meus olhos imagens me vêem a cabeça, me atormentam, ou não...
Vejo cenas de um filme real
Olhos sorridentes e sinceros a me observar
Braços quentes e fortes a me abraçar
Ouço declarações feitas em momentos de emoção pura
Vejo sonhos desfeitos, cartas nunca lidas ou que se quer chegaram ao destinatário...
Momentos felizes brindados loucamente, mas que já se foram...
Beijos afoitos e  furtivos
Dor lancinante  corrói minha alma, corta igual punhal meu coração..
Meu coração frio já nem se importa mais com a dor....acostumou se...
Lágrimas frias deslizam em minha face, silenciosas companheiras de um momento fatídico...
Assim como pegadas na areia apagadas pelo mar
Minhas lágrimas são apagadas e esquecidas lentamente pelo tempo
Lágrimas que se perderam, que ninguém as viu
Queria dizer muitas coisas, mas já não consigo mais...
Só quero aquietar me e num lugar onde ninguém me ouve e
descansar...

terça-feira, 7 de junho de 2016

O Senhor do Frio

O vento uiva pelas colinas, anunciando a chegada do inverno.
As folhas secas que caíram no outono aos poucos vão sumindo comidas pela terra fria ou levadas em ciranda riacho abaixo.
Pelos campos afora o vento gélido assovia  boas novas
Os animais cautelosos constroem abrigos para se proteger do imponente senhor do frio que se aproxima
Nas casas do descampado observo as chaminés incansáveis, mostrando que lá o frio não entrará
Aos poucos nato a mudança nas vestes e os tornozelos desnudos que outrora se via já não são mais mostrados com frequência.
Um cheiro doce trazido pelo vento cortante, penetra pelas narinas me envolvendo num manto nostálgico, um sabor de canela e especiarias que me faz querer ficar ali para sempre.
Encostada na velha figueira de 100 anos  sinto a umidade do fim do dia soprando em minha nuca
Puxo o capuz do meu casaco numa tentativa de me aquecer mas o vento anuncia que é mais forte.
Num pulo estou de pé e desço pela colina apostando corrida com os andorin
hões que parecem ler meus pensamentos. O vento parece cortar meu rosto e meus olhos começam a lacrimejar mas não me importo pois a sensação de liberdade é muito maior que o pequeno desconforto sentido.
O casaco de pele curtida é pesado e atrapalha, o capuz foge da cabeça  por causa do vento dando liberdade aos cabelos que se esvoaçam como uma cachoeira negra... os andorinhões ganharam novamente!!!!! Acho que vai nevar essa noite pois a sensação de frio cortante deixou meu rosto dormente.
Ao chegar no povoado noto que todos me olham com uma cara estranha, diminuo a marcha corrida e me aproximo de um barril de água para olhar meu reflexo e noto que minha face esta rosada, na verdade  minhas bochechas estão vermelhas por causa do frio, e apesar da luz escassa do crepúsculo brinco mentalmente me achando com cara de palhaça? Dou um sorriso largo para o meu reflexo e saio aos pinotes a caminho de casa.
Ao adentrar fazendo barulho sinto o cheiro do pão, da sopa, do café recém terminados, prenuncio de que o jantar logo será servido.
-Hoje vai nevar! anuncio como que em tom de sentença.
Nenhuma resposta...
Os dias passam e a neve castiga severamente a terra, as plantações, os animais escondidos do frio não aparecem e nas noites gélidas ouço o vento ganir colina afora. Durante os intermináveis dias do rigoroso inverno ao longe observo com tristeza minha figueira solitária no alto da colina. Cobertas de neve suas verdes folhas parecem pontinhas negras.
Quando a neve começar a derreter e os primeiros pássaros cantarem na alvorada, voltarei ao alto da colina para ter com você, falo em pensamento olhando para a solitária árvore a me acenar de longe.
Dias frios, noites frias, incansável senhor do frio, horas eternas.... Tudo parece estar congelado.




terça-feira, 8 de dezembro de 2015

Num piscar de olhos



E assim, após 05 anos, mais um ciclo se encerrou!!
Me despedi da universidade com lágrimas nos olhos!
As mesmas lágrimas que surgiram quando passei no vestibular,
lágrimas de alegria!!
Tudo passou tão rápido, e ao lembrar da trajetória desde o início até aqui mais lágrimas surgem...
Foram cinco anos de dedicação, surpresas, perdas irreparáveis, cansaço, correria e quando olho para trás me pergunto se realmente terminou. Sim, pois toda vez que pensei em desistir vinha uma voz interior que dizia: "Falta pouco!"
Realizada profissionalmente, agradeço à Deus por segurar minha mão e me guiar quando achei que não conseguiria mais, e às pessoas que passaram, que se mantiveram, que se foram e às que ainda permanecem em minha vida.

Enfermeira Sol M. Antunes


terça-feira, 1 de setembro de 2015