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quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

O que é druidísmo?





O druidismo é a tradição espiritual nativa das Ilhas Britânicas. Desenvolvendo-se por milênios desde os primeiros povos estabelecidos ali após a Era Glacial, era uma religião mágica pagã e hoje ela é, além disso, uma religião baseada na relação sagrada entre o indivíduo e os espíritos da Natureza, a paisagem e os ancestrais. Sua ética é baseada na honra – respeito profundo – pela vida em si, suas práticas são baseadas na busca de sabedoria por meio de uma relação inspirada de espírito para espírito, e na expressão da verdade através de uma vida vivida de forma plena e sagrada, com consciência criativa.
A awen é a energia da inspiração divina, o fluxo do espírito, a essência da vida em movimento. Ela é o fino poder da relação sagrada, o poder que transborda através do corpo e da alma quando espíritos se tocam, quando a vida é reconhecida, quando a experiência de um momento é compartilhada, quando a energia divina é trocada. Awen é o foco da profunda busca interna, é aquilo que todos procuramos enquanto tropeçamos pela vida, aquilo que nos traz sabedoria, clareza, liberdade, êxtase, alegria de estar vivo, simplesmente estar, uma presença tranqüila. É fogo na mente, frenesi poético, desejo de respirar, propósito completo em perfeita serenidade.
O símbolo da awen foi inventado pelo gênio e, ao mesmo tempo, “charlatão” da história do druidismo do século 19, Iolo Morganwg, como uma expressão do poder da awen, a essência do druidismo. Mais comumente desenhado com 3 círculos com 3 linhas embaixo, ele pode ser entendido como o Sol em 3 pontos: dos equinócios (o círculo do meio), do solstício de inverno (círculo à esquerda) e do solstício de verão (círculo à direita), e os 3 raios (linhas) são entendidos como os dons do Sol: os raios de luz, de calor, de inspiração, indicando um simbolismo de conhecimento, de guia, de sabedoria. Os círculos podem também ser entendidos como as 3 gotas de inspiração da lenda galesa de Cerridwen.
Existem muitas formas de druidismo hoje e a expressão desse caminho é tão diversa quanto o número de indivíduos que o praticam. Mas existem alguns princípios bastante amplos que sustentam os fios juntos em um laço comum, permitindo que as energias e as espiritualidades individuais se misturem e se associem para criar o que é reconhecido por muitos como druidismo. Esses princípios falam sobre o respeito pelos outros e pelo meio ambiente, sobre autoconhecimento e sobre reverenciar nossos deuses, quem quer que sejam eles, sejam quais sejam os nomes pelo quais os conhecemos. Druidismo é a conexão de espírito para espírito, com cada um de nós e com todos os seres vivos.
Os druidas reverenciam a Natureza e as mudanças de ciclo do ano, suas celebrações refletem isso. Seja celebrando em grupos (conhecidos como groves ou nemetons) ou individualmente, eles irão honrar essa relação tão mutável por meio do ciclo do ano. Esse ciclo – também conhecido como “roda do ano” – consiste em 8 festivais: Samhain (31/10), solstício de inverno, Imbolc (2/2), equinócio de primavera, Beltane (1/5), solstício de verão, Lammas/Lughnasadh (1/8) e equinócio de outono. De todos eles, o solstício de verão é o mais conhecido pelo público em geral, por sua relação com as celebrações em Stonehenge.
Entretanto, devido ao enorme número de pessoas que freqüentam esse monumento ancestral na exata data do solstício, vários grupos druídicos optam por celebrar em outro dia, o mais próximo possível da data. Além disso, alguns grupos celebram as mudanças de ciclos da Lua também, com rituais de lua cheia e lua nova. Assim como celebram os ciclos das estações, muitos druidas estão envolvidos com trabalho ambientalista e com a proteção de nosso planeta.

texto extraído de

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