Poente

Ao olhar vagamente no infinito
Alcanço o que minhas mãos não tocam
Ao contemplar o azul celeste límpido:
fecho meus olhos na expectativa de tocá-lo
Pura ilusão,
fixo meus olhos novamente na linha imaginária do poente
Um sorriso tímido se desenha em meus lábios
Em minha face abstracta nada se pode decifrar
Mas em minha mente oculta
Há um mundo de duendes e gnomos...
Um mundo só meu...
Um mundo que divido com quem eu quero...
Novamente o sorriso de satisfação...
Ao olhar novamente pro infinito
Percebo ele mais perto de mim
Quase toco o céu...
Sinto no rosto a brisa morna do fim da tarde ...
Uma sensação de bem estar me toma conta...
Pareço flutuar , o vento me leva
Já não sinto a humidade da grama em meus pés...
Com os olhos ainda a vagar em meu mundo,
Subo aos poucos até as nuvens...
Sentindo o vento com aroma de canela
Se alojando em minhas narinas...
Com os cabelos esvoaçados ao vento
Me acomodo na nuvem mais distante
De mansinho , deito e adormeço...
Com o sorriso nos lábios
E uma alegria sem nome....


(nanny...25/09/09)