É no inconsciente que encontro as coisas que perdi
As importâncias que esqueci
As almas que me encontraram
Que de meu eu se afastaram
É nesse mundo longínquo e incrédulo
Que reencontro as coisas supérfluas
Reencontro desencontros, decepções
Encontros e emoções
Lágrimas e gargalhadas
Abraços e risadas frustradas
Nesse poço de solidão
Onde nem tudo é imperfeição
Um azul inebriante cor do firmamento
Ofusca meus olhos num arrebatamento
Te vejo, nas nuvens... angelical
Com uma imponência celestial
Quase faço reverência....
Ou posso dizer abstinência?
Com um sorriso maroto que me lança
Se esvai pelo vento feito criança
Vagando em minha agônica nostalgia
Sentindo cada pedaço que de mim caía
Num lapso de desespero e loucura
Procuro em minha mente agora obscura
Meio de soprar para a morte
Através de pequeno corte
Com aço de gentil navalha
Sinto o sangue quente que se espalha
Escorre entre meus dedos latejante
Jorrando incessante
Com o ácido gosto e desfalecendo
Sinto a vida de mim correndo
Num adeus triste e furtivo
Levando tudo que está vivo
Despedindo-me em êxtase puro
Deste mundo maluco e escuro!!!!
Nanny
“assim mesmo; nem mais, nem menos”.
Há 3 semanas
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