Eu
não queria que as coisas fossem assim
Eu só queria
um pouco de sossego
Um lugar onde
aquelas vozes não me atormentam
onde elas não
me dizem o que fazer ou não fazer
Eu não queria
só pensar em tragédia, eu não queria ver as pessoas que gosto e imagina-las
dentro de um saco mortuário.
Eu realmente
não quero entrar no meu carro e obedecer às vozes que me mandam cair da ponte!
Eu não sei o
que fazer, nem o que dizer, só sei que esse mundo obscuro de sombras
traiçoeiras e fúnebres.
Eu não quero
responder perguntas, eu não quero falar, nem explicar por quês.
Eu só queria
calmaria em meio a esse turbilhão de emoções. Eu queria parar de ver sangue em
tudo.
Eu
queria sorrir de volta quando as pessoas sorriem pra mim. Eu queria devolver o
carinho que me é dado.
Mas não consigo,
As vozes não deixam....Tudo o que me permitem é esse humor lúgubre, solitário,
algoz.
Nesse
imenso mar de aflição, quão grande é minha dor;
Dilacera
minha alma, e meu corpo cansado de lutar já não se manifesta mais.
Cansei
de tentar, cansei de chorar e surtar para as pessoas me ouvirem,,, ninguém me
ouviu.
Mas
as vozes vão e vem, às vezes me consolam, às vezes fazem de minha alma refúgio
de maldade e maus pensamentos, as vezes me dizem pra fazer coisas ruins, outras
vezes pra não fazer nada, quando em quando dizem que não sou nada, que sou
inútil, fazem doer meu peito, meu coração acelera e desacelera, quase para,
elas são cruéis.
Meu
sono não vem, mesmo com o remédio, e quando vem é por pouco tempo, e quando
acordo aquelas vozes me amedrontam no meio da noite,
Não
tenho medo da morte, nunca tive, mesmo quando as vozes me dizem que logo ela chegará.
Por
mais difícil que esteja tudo, não quero ver a famosa dama da foice, não a convidei, mesmo ela me atormentando em
sonhos obscuros e abstratos.
Por mais escura que minha vida esteja, não quero partir ainda. Não quero abandonar aqueles que me amam, mas a dificuldade está grande, e cada dia que vivo é um desafio.